
23 de set. de 2009

Como ele mesmo conta, começou como uma espécie de "menino prodígio", um protegido do produtor Coxsonne Dodd, que naquela época, 69-70, procurava por novas estrelas para tomar o lugar dos Wailers. Ele logo percebeu que aquela voz de cristal precisava ser lapidada e passou a gravar direto com ele, sem muito compromisso. Mesmo assim a carga de trabalho começou a pesar como ele mesmo conta em um depoimento publicado no livro "Reggae Routes": "[cantar com uma banda]... era como que um exercício para a minha voz, mas era cansativo fazer tantas coisas. Não tinha muito descanso nos fins-de-semana e às vezes só chegava à casa a tempo do café da manhã. Isso me fazia ficar pálido e cansado, como as roupas que vão desbotando. Veja que ainda estava na escola na época e até ia bem lá, não sei como, pois era muito duro. Você tinha uma turnê pela ilha, tinha shows toda noite e muitas vezes chegava de viagem e ia direto para a escola, extenuado." O pai de Brown, apesar de pertencer ao meio artístico (ou talvez por isso), pois era um dramaturgo conhecido em Kingston, desaprovou o estilo de vida do filho e queria que ele se dedicasse aos estudos, mas o destino do jovem cantor já estava traçado.
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